Banco central da China orientará mais recursos financeiros para apoiar o setor privado

Pan Gongsheng, vice-governador do Banco Central do Banco Popular da China, participa de uma entrevista coletiva durante a Assembleia Popular Nacional (APN), o parlamento da China, em Pequim, China, em 10 de março de 2017. REUTERS/Jason Lee/Foto de arquivo

PEQUIM (Reuters) - O governador do banco central da China prometeu nesta quinta-feira direcionar mais recursos financeiros para a economia privada, sugerindo urgência renovada de Pequim para reforçar a confiança entre as empresas privadas à medida que o ímpeto econômico enfraquece.

Durante uma reunião na quinta-feira com pelo menos oito empresas privadas de setores como imobiliário, alumínio e agronegócio, o governador do Banco Popular da China (PBOC), Pan Gongsheng, disse que o banco lançaria diretrizes para apoiar empresas privadas.

Respondendo aos pedidos de algumas empresas de alargamento dos canais de financiamento de obrigações, Pan disse que o banco central iria expandir as ferramentas de financiamento da dívida para elas.

Os instrumentos de financiamento da dívida, apelidados de “segunda seta” e apoiados pelo refinanciamento do BPC, foram lançados em 2018.

“Apoiar o desenvolvimento de empresas privadas é dever dos departamentos financeiros. É também uma parte importante da reforma estrutural do lado da oferta no sector financeiro”, afirmou um comunicado do BPC, citando Pan.

"As instituições financeiras devem criar activamente uma atmosfera positiva para apoiar o desenvolvimento e o crescimento das empresas privadas... e aumentar a disponibilidade para emprestar."

A China revelou no mês passado uma série de medidas políticas destinadas a ajudar as empresas privadas depois de o sector ter sido prejudicado pelas restrições da COVID-19 e por uma ampla repressão regulamentar que visou indústrias desde a tecnologia até à propriedade.

O BPC apoiará os governos locais a tomarem a iniciativa de liquidar os atrasados ​​devidos às empresas, conhecer as necessidades financeiras das empresas privadas e responder às suas preocupações e apelos, de acordo com o comunicado.

Como algumas empresas imobiliárias privadas ainda não conseguiram sair da situação, o BPC prometeu que iria satisfazer a procura razoável de financiamento para elas e implementar políticas de crédito à habitação diferenciadas de forma precisa.

O setor imobiliário da China tem enfrentado nos últimos dois anos uma grave crise de dívida - inicialmente desencadeada por medidas governamentais para controlar o aumento da dívida - com muitos promotores a não pagarem enquanto lutam para vender apartamentos e angariar fundos.

Os participantes da reunião incluíram chefes de três empresas imobiliárias Longfor Properties, Midea Real Estate Holding (3990.HK), empresa imobiliária da CIFI e gigante de diários Yili Group (600887.SS), fabricante de produtos de alumínio China Hongqiao Group (1378.HK), elétrica fabricante de componentes Chint Group, empresa de agronegócio New Hope e fabricante de produtos de vestuário Hongdou.

Para reavivar a confiança entre as empresas privadas, o chefe do planeador económico também realizou várias reuniões com empresas privadas no mês passado para conhecer as suas dificuldades operacionais.

O gabinete na semana passada também pediu ao público que relatasse os obstáculos ao crescimento da economia privada.

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